O
embate travado entre o pastor Silas Malafaia contra o candidato a
prefeito de São Paulo pelo PT, Fernando Haddad, serviu, segundo o
jornalista
Reinaldo Azevedo,
da revista Veja, para que o Partido dos Trabalhadores começasse “a
cumprir uma ameaça” feita pelo ministro-chefe da Casa Civil, Gilberto de
Carvalho.
Em fevereiro deste ano, durante o Fórum Social Mundial,
Gilberto Carvalho declarou
numa palestra que seria “preciso fazer uma disputa ideológica com os
líderes evangélicos pelos setores emergentes”, e que o governo proporia a
criação de uma empresa de mídia estatal para se dirigir à classe C.
As palavras do ministro ecoaram no meio evangélico e causaram fortes
reações de líderes, como o pastor Silas Malafaia e o senador Magno
Malta, que repudiaram, por diversas vezes, as declarações de Carvalho.
Recentemente, para rebater as críticas de Malafaia contra Haddad, o
PT divulgou um documento em que alguns líderes evangélicos expressaram
apoio à candidatura do ex-ministro da Educação, considerado responsável
pela criação kit-gay. Para Reinaldo Azevedo, a divulgação do apoio como
se fosse uma reação ao pastor Malafaia faz parte da promessa feita por
Gilberto Carvalho, de disputar a ideologia propagada no meio evangélico.