DEPUTADO QUER O FIM DO USO DE
ALGEMAS EM PRESIDIÁRIAS DURANTE O PARTO
Segundo parlamentar, prática viola os direitos fundamentais garantidos pela Constituição.
Nesta quarta-feira (15/02), o deputado
federal Roberto de Lucena (PV-SP) apresentou em Plenário da Câmara dos
Deputados o Projeto de Lei 3110/2012, que consiste na proibição do uso
de algemas em presidiárias antes, durante e depois do parto.
Denúncias feitas pela Pastoral
Carcerária informaram acerca do uso de algemas nas mãos ou calcetes nos
pés de presidiárias em trabalho de parto, sendo, portanto, uma forma de
tortura que deve ser banida de nosso país. Esse tipo de violência física
e psicológica viola as garantias e direitos constitucionais de proteção
à infância (art. 227 da Constituição Federal), viola também o artigo 5º
da Constituição Federal, em seus incisos XLVII e XLIX, e diversos
tratados de direitos humanos, dentre eles, a Convenção da ONU contra a
tortura.
Segundo o deputado, denúncias ainda mais
graves revelam que alguns médicos que recebem detentas em trabalho de
parto algemadas se omitem e não pedem para serem liberadas, ou ainda,
casos em que obstetras pedem que as algemas sejam mantidas durante o
procedimento, infringindo o artigo 196 da Constituição Federal, que
garante a todos o acesso universal e igualitário aos serviços de saúde.
O deputado pediu o apoio aos
parlamentares à proposta, que visa proteger a vida humana, a garantia
dos direitos das mulheres presidiárias e banir definitivamente esse tipo
de agressão. “Entendemos que algemar mulheres durante o parto é
atentado à dignidade humana. Portanto essa Casa de Leis não pode
permitir que a mãe presidiária seja agredida desta forma no mais sublime
de seus momentos, o momento de trazer à luz a vida”, concluiu.
Fonte: Roberto de Lucena | Divulgação: Midia Gospel
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