Quando os discípulos
perguntaram a Jesus quais seriam os sinais da Sua volta, entre outras coisas
Ele falou de sedução: "Vede que ninguém vos engane.
Porque virão muitos em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo, e enganarão
a muitos" (Mt 24.4-5).
Provavelmente
nunca antes foram oferecidos tantos "cristos" às pessoas como hoje em
dia. O esoterismo, amplamente espalhado e que tornou-se socialmente aceitável,
apresenta-nos seu "cristo" afirmando que tudo é divino. Por isso, seus
adeptos adoram todas as coisas, como pedras, animais, espíritos, etc.
Esses falsos
"cristos" evidentemente oferecem um falso evangelho, que na verdade não
é evangelho e, portanto, também não pode ajudar as pessoas.
Li, por exemplo, em um jornal:
Pesquisadores
americanos desvendam novo evangelho
Dois
cientistas americanos conseguiram, segundo suas próprias afirmações,
descobrir no mínimo seis evangelhos considerados perdidos. Eles
conteriam, muito provavelmente, relatos autênticos dos ensinos de Cristo
no primeiro e segundo séculos.
Na
opinião desses cientistas, além dos quatro Evangelhos haveria
pelo menos mais seis relatos de discípulos de Cristo. Por último
havia sido redescoberto em 1945, no Egito, o evangelho de Tomé.
O
manuscrito foi escrito em língua copta, usando o alfabeto grego,
disse Paul Mirecki, cientista religioso da Universidade de Kansas. O copta era
falado na época principalmente no Egito, disse o especialista em manuscritos
antigos. O autor teria sido, provavelmente, um membro da minoria cristã
dos gnósticos, dos conhecedores.
Ele
redigiu o texto em forma de diálogo, apresentando conversas de
Jesus com Seus discípulos após Sua ressurreição.
O tema seria a redenção através do conhecimento.
Isso lançaria uma luz completamente nova sobre as origens do cristianismo,
disse Mirecki. A mensagem do texto seria: o conhecimento, e não a fé,
leva à redenção – um ensino que a igreja oficial foi obrigada
a rejeitar.
O
fato de terem sido encontradas somente 15 páginas do manuscrito original
provavelmente indicaria uma queima de livros no século 5, disse
Mirecki. No decorrer dos séculos, muitas minorias cristãs teriam
desaparecido. Algumas acabaram integradas na igreja católica ou na igreja
ortodoxa, outras foram eliminadas devido ao seu desvio doutrinário. Por
isso, o manuscrito seria também uma prova da existência de minorias
religiosas. (Der Zürcher Oberländer)
A Bíblia
ensina: "Amados, não deis crédito a qualquer espírito:
antes, provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos
profetas têm saído pelo mundo fora" (1 Jo 4.1). E em 2 Coríntios
11.13-15 ela diz: "Porque os tais são falsos apóstolos, obreiros
fraudulentos, transformando-se em apóstolos de Cristo. E não é
de admirar; porque o próprio Satanás se transforma em anjo de
luz. Não é muito, pois, que os seus próprios ministros
se transformem em ministros de justiça; e o fim deles será conforme
as suas obras."
Na notícia
anteriormente citada não é revelado um novo evangelho, mas, sim,
um "outro evangelho". Pois nela se rejeita a fé, colocando-se em seu
lugar o conhecimento. Isso, entretanto, jamais pode ter sido dito por Jesus.
Justamente Jesus destacou, com palavras claríssimas, exclusivamente a
fé como base da salvação:
- "Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; a saber: aos que crêem no seu nome" (Jo 1.12).
- "...para que todo o que nele crê tenha a vida eterna" (Jo 3.15).
- "Por isso quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus" (Jo 3.36).
- "Em verdade, em verdade vos digo: Quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida" (Jo 5.24).
Em outras passagens,
a Bíblia nos ensina com muita clareza que o conhecimento sem fé
jamais pode levar à salvação. Pelo contrário, Deus
transformou em loucura o conhecimento que se nega a crer, para destacar a fé,
evidenciando que a fé em Jesus Cristo está acima de qualquer conhecimento:
"Certamente a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas
para nós, que somos salvos, poder de Deus. Pois está escrito:
Destruirei a sabedoria dos sábios, e aniquilarei a inteligência
dos entendidos. Onde está o sábio? onde o escriba? onde o inquiridor
deste século? Porventura não tornou Deus louca a sabedoria do
mundo? Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por sua
própria sabedoria, aprouve a Deus salvar aos que crêem,
pela loucura da pregação" (1 Co 1.18-21).
O que realmente
deveríamos conhecer é que somos salvos exclusivamente pela fé
em Jesus (e não por obras!): "...sabendo, contudo, que o homem não
é justificado por obras da lei, e, sim, mediante a fé em
Cristo Jesus, também nós temos crido em Cristo Jesus, para
que fôssemos justificados pela fé em Cristo e não
por obras da lei, pois por obras da lei ninguém será justificado"
(Gl 2.16).
Simplesmente
não é possível que o mesmo Cristo tenha ensinado mais tarde
algo diferente, totalmente contrário às Suas afirmações
anteriores. Não pode ser que os quatro Evangelhos e o ensino do Novo
Testamento tenham sido escritos, concluídos e divulgados há quase
2000 anos, para que agora, após esses 2000 anos, apareça algo
novo (comp. Ap 22.18-19). Não, aqui se trata evidentemente de um outro
evangelho, que não é de Deus, e pretende afastar da fé
em Jesus como único caminho até Deus (comp. Jo 14.6). Também
a esse respeito a Bíblia fala com muita clareza: "Mas, ainda que nós,
ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além
do que vos temos pregado, seja anátema. Assim como já dissemos,
e agora repito, se alguém vos prega evangelho que vá além
daquele que recebestes, seja anátema" (Gl 1.8-9). (Norbert
Lieth – http://www.chamada.com.br)
Norbert Lieth É Diretor da Chamada da Meia-Noite Internacional. Suas mensagens têm como tema central a Palavra Profética. Logo após sua conversão, estudou em nossa Escola Bíblica e ficou no Uruguai até concluí-la. Por alguns anos trabalhou como missionário em nossa Obra na Bolívia e depois iniciou a divulgação da nossa literatura na Venezuela, onde permaneceu até 1985. Nesse ano, voltou à Suíça e é o principal preletor em nossas conferências na Europa. É autor de vários livros publicados em alemão, português e espanhol. |
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