terça-feira, 9 de outubro de 2018

O contraste entre o justo e o ímpio

O contraste entre o justo e o ímpio


Por Rev. Hernandes Dias Lopes
O livro dos Salmos é uma coletânea de cânticos, orações e lamentos do povo de Deus, escrito por vários autores, desde os dias de Davi até o período pós-cativeiro babilônico. Há mais de cem citações do livro de Salmos no Novo Testamento. Isso prova sua relevância na história da redenção. Esse livro tem sido uma fonte de consolo para a igreja de Deus ao longo dos séculos até aos dias atuais.
O Salmo 1 é a porta de entrada deste, que é o maior livro da Bíblia. Destacaremos, aqui, três lições importantes deste Salmo.
Em primeiro lugar, um contraste profundo é apresentado. O autor sagrado faz um profundo contraste entre o ímpio e o justo. Enquanto o ímpio é como uma palha que o vento dispersa, o justo é como uma árvore plantada junto à fonte. Enquanto o ímpio está seco espiritualmente, o justo tem verdor mesmo nos tempos de sequidão. Enquanto o ímpio não tem frutos que agradam a Deus, o justo produz frutos na estação certa. Enquanto o ímpio não tem estabilidade e é jogado de um lado para o outro pelo vendaval, o justo tem suas raízes firmadas no solo da fidelidade de Deus. Enquanto o ímpio tem suas obras reprovadas por Deus, o justo tem sucesso em tudo quanto faz. Enquanto o ímpio busca a roda dos escarnecedores, o justo se deleita na lei do Senhor. Enquanto o ímpio não terá assento na assembleia do santos nem prevalecerá no juízo, o justo será conduzido por Deus na história e recebido na glória. Enquanto o caminho do ímpio perecerá, o caminho do justo é conhecido por Deus. É tempo de você refletir sobre sua vida. Quem é você? Onde está o seu prazer? Onde está o seu tesouro? Em qual dessas duas molduras você pode colocar sua fotografia? Lembre-se: o ímpio pode parecer feliz, mas seu fim é trágico. Mas, o justo, mesmo passando por provas na vida, é bem-aventurado.

Vou deixar o Brasil…


Vou deixar o Brasil…

Daniel Lima
Em reportagem recente, a Folha de S.Paulo, com base em pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha,[1] declarou que a maioria (62%) dos jovens brasileiros entre 15 e 25 anos gostaria de deixar o Brasil. Este desejo não é apenas um sonho, mas se traduz em um êxodo de brasileiros que é cada vez maior. O primeiro país escolhido é os Estados Unidos, em segundo lugar está Portugal, seguido de perto por outros países europeus ou Austrália e Nova Zelândia. Quanto mais formação e maior nível econômico, maior a vontade de deixar o Brasil.
A principal motivação para a partida é a desesperança quanto ao futuro, tanto do ponto de vista político como do econômico. Segundo alguns analistas, além da frustração com a realidade no Brasil, um dos fatores que motiva o desejo de mudança é a facilidade de realizá-la. Este é um dos motivos que faz de Portugal um dos principais destinos pretendidos. Outro fator que contribui é a própria acessibilidade a informações. Hoje é possível, pela internet, ver até mesmo as condições de moradia que estão sendo oferecidas. Outros analistas declaram que a maioria dos que partem retornam após alguns anos, embora não existam dados concretos a respeito deste fluxo.

segunda-feira, 8 de outubro de 2018

A transformação de Jacó


Luta e Vitória: Lições da vida de Jacó

A transformação de Jacó

Continuando a analisar os pontos sobre o reencontro de Jacó com Esaú, observamos que a cruz quer nos separar daquilo que nos aprisiona: das posses, da honra, do dinheiro e bens e até da família – “E Jacó ficou sozinho” (Gn 32.24a). Todavia, o Senhor operou algo ainda mais profundo em Jacó. Aqui vemos claramente a sua sexta ação. Por que Jacó ficou só? Justamente para que ele não precisasse ficar; afinal, quem não quer ficar sozinho sempre ficará a sós. Mas quem for abandonado nunca estará a sós. Quem conseguir compreender, que o compreenda. Pois o texto continua imediatamente: “E Jacó ficou sozinho. Então veio um homem que se pôs a lutar com ele até o amanhecer”. Esta foi a sexta ação que o Senhor operou em Jacó: o próprio Deus se revelou a ele.

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

O Valor da Palavra Empenhada


O Valor da Palavra Empenhada

Daniel Lima
Após semanas e meses de discussões, na sexta-feira passada (31) parece que finalmente ficou definida a questão da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva[1] – ainda cabe um apelo ao Supremo Tribunal Federal (STF). Para uns uma injustiça, uma tragédia, para outros um alívio, uma esperança. Gostaria de avaliar contigo um aspecto deste drama que nos afeta diretamente como cristãos, assim como nos afeta outros movimentos de candidatos de direita ou esquerda... a questão da palavra empenhada.
Uma devida análise jurídica está além da minha capacidade, mas apenas com o intuito de relembrar os leigos, a Lei Complementar nº 135 de 2010, mais conhecida como Lei da Ficha Limpa, foi resultado de uma longa campanha que colheu mais de um milhão e meio de assinaturas. Esta lei foi aprovada no Congresso no primeiro semestre de 2010 e sancionada pelo então presidente Lula em 4 de junho de 2010. Diante de contestações, em fevereiro de 2012 o STF decidiu que a mesma era compatível com a constituição.

Pecado não perdoado


Luta e Vitória: Lições da vida de Jacó

Pecado não perdoado

Quanto a mim, que eu jamais me glorie, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, por meio da qual o mundo foi crucificado para mim, e eu para o mundo.”(Gálatas 6.14)
Em Gênesis 32.6-7a lemos: “Quando os mensageiros voltaram a Jacó, disseram-lhe: ‘Fomos até seu irmão Esaú, e ele está vindo ao seu encontro, com quatrocentos homens’. Jacó encheu-se de medo e foi tomado de angústia”.
Não surpreende que Jacó ficou com medo e angustiado quando seu irmão veio ao seu encontro acompanhado de quatrocentos homens, pois para ele Esaú personificava uma culpa de 20 anos. Jacó o havia traído, enganado, e então fugido para a casa de seu tio Labão, na Mesopotâmia. Agora ele estava regressando para casa, carregado de muitas bênçãos. A antiga culpa o reencontrou e ele ficou muito amedrontado. Posso imaginar que entre os leitores deste texto também estão pessoas que observaram que o pecado age como um bumerangue. Um pecado não perdoado sempre volta sobre nossa cabeça. Poderíamos dizer também: Esaú era o irmão gêmeo de Jacó e gêmeos têm uma caraterística especial: eles são inseparáveis, eles acabam voltando a se encontrar – uma imagem de carne e sangue. Aqui na terra a carne e o sangue não podem nos abandonar e nos dão muitas preocupações. E nós, filhos de Deus, muitas vezes ficamos amedrontados porque a carne quer pecar.

segunda-feira, 30 de julho de 2018

Como Deus Imaginou o Casamento


Como Deus Imaginou o Casamento

Eberhard Platte

Como Deus imaginou o casamento para o homem cristão?

Do mesmo modo vocês, maridos, sejam sábios no convívio com suas mulheres e tratem-nas com honra, como parte mais frágil e co-herdeiras do dom da graça da vida...” (1Pedro 3.7)
“Então o príncipe casou com a princesa e os dois viveram felizes para sempre...” Muitas pessoas parecem pensar que um casamento romântico de conto de fadas (“... mas a gente se ama tanto...”) é base e garantia para um casamento feliz e uma vida em harmonia e segurança. E se ainda houver uma casinha caprichada, um carro bonito e duas crianças bem-comportadas, a felicidade será perfeita. Todos os tabloides vivem dessa ilusão humana. E alguns dos nossos conhecidos talvez ainda acrescentem: “É claro que para nós, bons cristãos, ainda é preciso frequentar uma igreja animada aos domingos, cantar no coro e mandar as crianças para a escola bíblica... isso é óbvio, não é?”.

Em defesa da profecia bíblica


Em defesa da profecia bíblica
Norbert Lieth
Escrevo essas linhas durante uma longa viagem missionária através da Alemanha. Durante o trajeto observamos que, nos mais diversos locais, somos confrontados com a importância e a necessidade que muitas pessoas atribuem à nossa revista, já que a profecia bíblica quase não é mais proclamada e que a volta de Jesus se tornou um tema secundário. De modo algum isso nos deixa orgulhosos, muito antes nos entristece, mas ao mesmo tempo nos incentiva a cumprirmos ainda mais efetivamente a nossa missão.
A última afirmação de Jesus na Bíblia é: “Sim, venho em breve!”. E a última oração da Bíblia é a reação adequada dos crentes diante dessa afirmação: “Amém. Vem, Senhor Jesus!” (Ap 22.20).

“A Igreja já estava dividida antes do início da Reforma”


“A Igreja já estava dividida antes do início da Reforma”

René Malgo
Uma entrevista com o historiador eclesiástico e pastor Sven Grosse sobre Reforma, unidade, verdade e o essencial. Entrevista conduzida por René Malgo.
Muito se escreve e se diz neste ano sobre Lutero – são críticas e elogios. Mas, afinal, qual foi o cerne da mensagem de Lutero?

quarta-feira, 23 de maio de 2018

Israel, o Supersinal do Final dos Tempos

Israel, o Supersinal do Final dos Tempos

Tim LaHaye
Quando um repórter de um jornal secular liga e pede razões pelas quais “estudiosos da Bíblia chamam Israel de supersinal do final dos tempos” – você sabe que devemos estar chegando bem perto do prometido retorno de nosso Senhor. Felizmente, eu havia acabado de ler o livro Prophecies for the Era of Muslim Terror [Profecias para a Era do Terror Muçulmano], do rabino Menachem Kohen, no qual ele apresenta uma visão da qual eu nunca havia ouvido falar. Não sendo um cristão evangélico, ele dá as respostas exclusivamente a partir do Antigo Testamento, usando o cumprimento moderno das profecias antigas, as quais, de acordo com Isaías 46.9-11, são a prova inequívoca de que Deus existe. Já dissemos em outras oportunidades que mais da metade das mais de mil profecias do Antigo Testamento já foram cumpridas – independentemente do que dizem os evangelistas do ateísmo. Apenas Deus pode predizer o futuro e fazer com que ele venha a acontecer realmente.

Justamente um jumento

Justamente um jumento

Wolfgang Schuler
O jumento caracteriza-se por ser um animal paciente mas também teimoso, e, como tal, ele desempenha um papel de destaque na Bíblia. Nas bênçãos que Jacó profere sobre os seus filhos, ele é amarrado ao “ramo mais seleto” da videira.
As bênçãos que Jacó profere ao fim da sua vida sobre os seus filhos são familiares para todos nós, especialmente as declarações proféticas sobre o seu filho Judá (Gn 49.8-12), que culminam nas palavras: “O cetro não se apartará de Judá, nem o bastão de comando de seus descendentes, até que venha aquele a quem ele pertence, e a ele as nações obedecerão”.
A tribo de Judá perdeu o cetro e o bastão de comando no ano 6 d.C., quando, sob o imperador romano Tibério e o governador Pôncio Pilatos, a Judeia foi oficialmente declarada província romana. Pouco depois, Jesus de Nazaré reivindicou no templo pela primeira vez, aos 12 anos de idade, ser o Messias, para espanto dos seus pais e mais ainda dos escribas e fariseus: “Não sabiam que eu devia estar na casa de meu Pai?” (Lc 2.49).