Blogueiro compara pastor Silas Malafaia ao Papa Bento XVI: “Em certo ponto não há diferença alguma entre os dois”
Para Sakamoto, “líderes religiosos têm o direito de expressarem as posições de sua crença para os seus fiéis. Mesmo que ele tivesse feito algo totalmente nonsense – como condenar uma pessoa de seu rebanho por dar fim à própria vida devido a um estágio terminal e insuportavelmente doloroso de uma doença (coisa que um humanista nunca faria…) – ele teria o direito a isso. Pois foi eleito para guiar espiritualmente um grupo, independentemente do que esse grupo acredite”.
Porém, o jornalista crítica a postura do Papa ao interferir em assuntos que dizem respeito a pessoas que não o reconhecem como líder: “O problema é quando um líder atua para que outras pessoas, que não o elegeram nem para síndico de prédio, deixem de viver, morrer ou amar como bem quiserem” afirma Bruno Sakamoto.
Em sua comparação entre o pastor Silas Malafaia e o Papa Bento XVI, Sakamoto chega à conclusão de que ambos são iguais: “Qual a diferença entre Bento 16 e Silas Malafaia? Com todo o respeito e sem medo de ser linchado, eu diria que, nesses casos, nenhuma. O polêmico líder da Igreja Vitória em Cristo é conhecido por declarações contundentes na defesa de uma visão conservadora e seus discursos, não raras vezes, confundem liberdade religiosa e de expressão com uma guerra contra a diversidade. Somos mais coniventes com o ex-cardeal Ratzinger por conta do tamanho da Igreja Católica e sua influência na formação da nossa sociedade ocidental, mas o conteúdo contra direitos dos homossexuais está presente nas falas de ambos”.
Sakamoto volta a tecer críticas às influências que líderes
espirituais tem sobre os fiéis, afirmando que esses “seguidores de uma
pretensa verdade divina taxam o comportamento alheio de pecado e
condenam os diferentes a uma vida de inferno aqui na Terra”. O texto
ainda faz menção a uma suposta responsabilidade desses líderes sobre os
atos extremos de fiéis. “Líderes religiosos dizem que não incitam a
violência. Mas não são suas mãos que seguram a faca, o revólver ou a
lâmpada fluorescente, mas é a sobreposição (sic) de seus argumentos ao
longo do tempo que distorce a visão de mundo dos fiéis e torna o ato de
esfaquear, atirar e atacar banais. Ou, melhor dizendo, “necessários”,
quase um pedido do céu. São ações como a de Bento 16 e de Silas Malafaia
que alimentam lentamente a intolerância, que depois será consumida
pelos malucos que fazem o serviço sujo”, conclui.
Fonte: Gospel+
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