quinta-feira, 17 de maio de 2012

NOTÍCIA > Mais de 100 foram atendidos em hospitais após acidente no Metrô



SMS diz que 103 atendidos em hospitais do município já tiveram alta.
Secretaria estadual diz que três pessoas foram atendidas pelo estado.

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) informou no começo da noite desta quarta-feira (16) que 103 pessoas passaram por atendimento em hospitais municipais por causa da colisão entre dois trêns do Metrô na Zona Leste. Segundo a pasta, nenhum caso foi grave e todas as pessoas já tiveram alta. A Secretaria de Estado da Saúde informou que foram atendidas três pessoas em hospitais estaduais.

O acidente ocorreu na Linha 3-Vermelha por volta das 9h50, entre as estações Carrão e Penha.  A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que o acidente será investigado pela Delegacia do Metropolitano (Delpom).
Entre os feridos, 33 pessoas foram socorrridas pelos bombeiros e outras 16 atendidas pelo Samu. Entre os casos que exigiram mais cuidados estava o de um passageiro que teve fratura na perna e foi encaminhado ao Hospital do Tatuapé, na Zona Leste.  Além desse, caso outro ferido, com ferimentos de média complexidade, foi levada a um hospital de convênio.

O acidente
Em entrevista por telefone à TV Globo, o presidente do Metrô, Peter Walker, disse que a principal suspeita é de que tenha ocorrido uma falha no sistema de automação.

O secretário-geral do Sindicato dos Metroviários, Paulo Pasin disse que o maquinista do trem que colidiu com outra composição do Metrô, nesta quarta-feira (16), freou para evitar uma batida maior.

O secretário de Transportes Metropolitanos de São Paulo, Jurandir Fernandes, esteve no local do acidente e disse não ter certeza se o trem estava no modo manual ou automático. Ele lembrou que a velocidade máxima no trecho é de 80 km/h. “Ele [o maquinista] deve ter visto, tanto é que deve ter freado”, afirmou. O trem que colidiu trafegava em uma velocidade entre 9 e 12 km/h, de acordo com Jurandir.



Segundo o secretário, o maquinista trabalha na CPTM desde 2008. Começou como operador assistente e é efetivo desde janeiro de 2011. "Antes de achar o culpado, a gente quer saber por que aconteceu", disse Fernandes.

Modo automático
O diretor do sindicato disse que esteve com o operador nesta quarta e que ele frisou que o trem estava no modo automático. Segundo o secretário-geral, os trens só operam no manual se houver algum problema ou o metrô receber código zero, o equivalente a zero de velocidade ou parado. Os códigos são enviados automaticamente para o trem, e cada um significa a velocidade que a composição vai atingir naquele instante.

"O operador descreveu que estava no trem, no modo automático, com código 44 [44 km/h], quando começou a se aproximar de outro metrô. Ele imaginou que receberia código zero [parado] e que o trem iria parar, mas o trem acelerou de repente. Chegou um código maior", afirma Pasin. "Ele freou para não colidir com mais força no outro trem."

O secretário-geral ressalta que o operador esteve no Centro de Controle do Metrô para prestar esclarecimentos, procedimento comum em uma ocorrência como essa. "Ele saiu, depois foi acompanhar a realização do boletim de ocorrência", disse Pasin. O maquinista também passou em um hospital por ter ficado levemente ferido, segundo o sindicato.
Modo manual
Para entrar em modo manual, o operador precisa pedir autorização do Centro de Controle, diz Pasin. Ele ressalta que este modo não é o usual no Metrô e que a velocidade sempre é limitada no manual. Em operação no modo automático, a principal função do condutor é fiscalizar o funcionamento dos sistemas e agir em casos de emergência.
Os trens voltaram a circular em toda a Linha 3-Vermelha pouco antes das 14h30, segundo a assessoria do Metrô. Às 13h15, os trens envolvidos no incidente foram levados para o pátio do Metrô na Estação Penha, onde há uma oficina. O trecho passou por perícia e foi liberado para circulação.

http://g1.globo.com/

Nenhum comentário:

Postar um comentário